terça-feira, 30 de agosto de 2011

Santa Faustina e a Divida Misericórdia

“Eu quero a misericórdia e não o sacrifício Porque eu não vim para chamar os justos, mas sim os pecadores.” (Mt 9,13)
“Não quero a morte do pecador, mas que se converta e viva.” (Ez 33,11)
“O Filho o Homem não veio pra destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.” (Lc 9,5)
Em toda a Sagrada Escritura, está expressa a verdade sobre a infinita misericórdia divina.

Helena Kowalska, mas conhecida como Santa Faustina, nasceu em 25 de agosto de 1905, na cidade de Glogowiec, na Polônia. Foi a terceira dos 10 filhos de Estanislau Kowalska e Mariana Babel, ele carpiteiro, ela trabalhava na fabricação de queijo. Desde cedo Helena sentia-se inclinada à santidade. Aos sete anos dizia ouvir a voz de Deus em sua alma. Aos 16 anos pediu permissão aos pais para entrar no convento o que lhe foi negado devido à grande dificuldade financeira pela qual a família passava, levando-a assim a trabalhar como empregada doméstica. Diante de tantas dificuldades Helena chegou a desistir de sua idéia de se tornar religiosa, vivendo como uma pessoa comum, o que ela classificaria mais tarde como a “vaidade da vida”.

Mas Deus não desiste de seus planos e foi assim que a vida de Helena mudou completamente. Certo dia foi a um baile com a irmã e enquanto todos se divertiam ela começava a sentir na alma um tormento interior, e no momento em que começou a dançar sentiu a presença de Jesus ao seu lado, com seu corpo flagelado, despojado de suas vestes e todo coberto de ferimentos que lhe disse:

“Quanto tempo ainda deverei te suportar?! Até quando me enganarás?” Naquele momento todo o som da música desapareceu era com se, naquele momento, somente ela e Jesus estivessem ali. Alegando dor de cabeça foi sentar-se e sem pedir permissão a irmão saiu e dirigiu-se à Catedral de Santo Estanislau Kostka, lá chegando prostrou-se de braços abertos, diante do Santíssimo Sacramento e pediu-Lhe que lhe dissesse o que deveria fazer. Ouviu então:

“Vai imediatamente para Varsóvia pois lá entrarás no convento.” Falando somente à irmã do ocorrido, pediu-lhe que se despedisse de seus pais e somente com a roupa do corpo e alguns objetos indispensáveis ela se dirigiu para Varsóvia. Ingressou na Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia e recebeu o nome de Irmã Maria Faustina do Santíssimo Sacramento. No convento sua vida foi permeada de muitas graças místicas. Privilegiada por um contato vivo com Deus e com a Virgem Santíssima.

Foi assim que Santa Faustina recebeu de Nosso Senhor uma altíssima missão: “Secretária do meu mais profundo mistério, quero que saibas que é tua tarefa escrever tudo o que te dou a conhecer sobre a minha misericórdia, para proveito daqueles que, lendo estas coisas, experimentem paz em suas almas e tenham coragem de se aproximar de mim.”

A Imagem: símbolo da misericórdia
“ Uma noite , em minha cela, vi Jesus vestido com uma túnica branca, com uma das mãos erguida para abençoar e a outra tocava suas vestes à altura do peito. Da túnica entreaberta saíam dois grandes raios, um vermelho e outro branco.(...)Depois de um tempo Jesus me disse: “ Pinta um quadro da cena que acabas de ver, com a inscrição: ‘ Jesus eu confio em Vós!’” . A imagem, tal como Jesus pediu, foi pintada na presença de Santa Faustina. Jesus continua:

“ Desejo que esta imagem seja venerada, primeiramente, na vossa capela e depois no mundo inteiro. Prometo que a alma que venerar esta imagem não perecerá. Prometo também que, já aqui nesta terra, terá a vitória sobre todos os inimigos, especialmente, na hora da morte. Eu mesmo a defenderei como minha própria glória.” E explica: “Esses dois raios significam o Sangue e a Água. O raio branco significa a Água que purifica as almas. O raio vermelho significa o sangue, que é a vida das almas. Ambos brotaram do interior de minha misericórdia quando meu coração, já agonizante sobre a Cruz, foi aberto pela lança. Esses raios protegem as almas da ira de Meu Pai. Feliz aquele que viver em sua luz, porque a mão do Deus Justo não o atingirá.”

Portanto somos convidados, todos os dias, às três horas da tarde, mergulhar nossas almas na divina misericórdia do Senhor Jesus, que teve seu coração transpassado e desse coração bondoso deixou fluir a Graça da Sua Misericórdia para nós. Em seu diário Santo Faustina escreveu a seguinte oração a ser rezada nessa Hora: “ Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós.”

Sonia Oliveira

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